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GREVISTAS DESOCUPAM A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA E MARCO PRISCO É PRESO

Postado Por: Lucas Miranda As quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012 | 03:39

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O prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, foi liberado na manhã desta quinta-feira (9) pelos policiais militares grevistas que mantinham a ocupação desde 31 de janeiro. O ex-policial militar Marco Prisco, considerado líder do movimento, e o policial Antônio Angelim deixaram o local presos. Até por volta das 8h30, não havia confirmação do fim da greve.
A saída dos manifestantes e a prisão ocorreu após o Jornal Nacional divulgar, na quarta-feira (8), conversas gravadas entre os chefes dos PMs grevistas na Bahia que mostram acertos para realização de ações de vandalismo em Salvador. O líder da Aspra, Marco Prisco, foi flagrado em ao menos um dos telefonemas. Tanto ele quanto Angelim estavam na lista dos 12 integrantes do movimento que eram alvo de mandados de prisão. Até esta manhã, cinco foram presos.
O tenente-coronel do Exército Márcio Cunha disse que os dois presos foram encaminhados para a Polícia do Exército, na capital baiana. Ambos saíram pelos fundos da Assembleia, evitando o contato com a imprensa. A estratégia foi uma exigência de Prisco, que liderava a ocupação.

Denúncia e desocupação
Policiais militares grevistas começaram a deixar o prédio da Assembleia pouco depois das 6h desta quinta-feira (9), quando a ocupação do local completava dez dias. A saída foi anunciada ainda na madrugada pelo advogado Rogério Andrade, que representa a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares (Aspra).
A saída dos manifestantes ocorreu de forma organizada no começo da manhã. Primeiro, um grupo de mulheres deixou o prédio. As forças de segurança colocaram ônibus à disposição do grupo. A maioria deixou a região usando os próprios carros e motos. Os veículos foram revistados pela Polícia Federal.
A greve dos PMs na Bahia começou em 31 de janeiro e o governo do estado solicitou auxílio da Força Nacional de Segurança e do Exército para fazer o patrulhamento nas ruas e cercar o prédio da Assembleia, que havia sido tomado pelos grevistas.

Ainda antes do amanhecer, cinco homens deixaram a sede do órgão estadual e foram liberados porque não havia mandados de prisão contra eles. Eles passam por uma revista e tiveram a saída permitida. A liberação deles foi mais um indício de que a entrega total dos grevistas estava próxima. Os soldados do Exército se mantiveram estrategicamente posicionados para atuar em caso de necessidade.

EXÉRCITO E PF PRENDEM PRISCO E ANGELINI, LÍDERES DOS AMOTINADOS
O tenente-coronel Márcio Cunha, assessor de imprensa da VI Região Militar, informou que o ex-policial militar Marco Prisco foi preso no início da manhã desta quinta-feira (9), junto com Antônio Angelini. Os dois estavam na Assembleia Legislativa e tinham mandado de prisão expedido por terem comandado atos de vandalismo durante o motim de parte de soldados da Polícia Militar baiana.
A prisão foi efetuada pelas polícias Federal e do Exército, após a desocupação do prédio da Assembleia Legislativa, que estava tomado pelos grevistas há dez dias. Os dois líderes foram encaminhados para o quartel do Exército em Salvador, onde serão colocados à disposição da justiça.
A sede do Poder Legislativo está passando por uma varredura, para se verificar se há armas ou danos. O tenente-coronel Cunha diz que este trabalho pode demorar e, ao término, o prédio será devolvido ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo.

Tropa do Exército
As tropas foram reforçadas no Centro Administrativo da Bahia (CAB) nesta quarta-feira (8), de acordo com informações do Exército. O número de homens no local passou de 1.038 para 1.400 no período da tarde, sendo 1.200 membros do Exército, 50 da Força Nacional e 150 PMs.

Segundo o tenente-coronel Cunha, responsável pela comunicação do Exército, a ampliação da segurança no local visa manter a tranquilidade no CAB. "Nós fizemos uma análise no final do dia de ontem e decidimos fazer o reforço para aumentar a segurança. Não consideramos as manifestações tumulto", destacou Cunha.
Os acessos ao CAB foram fechados no início da tarde desta quarta-feira pelas tropas das Forças Armadas que fazem o policiamento na região. De acordo com o tenente-coronel, o bloqueio foi uma decisão do comando da operação e a justificativa da ação não será informada por enquanto. Os manifestantes avaliam que a medida é para enfraquecer o movimento.

Informações - G1.com.br/SECOM